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12ª Bienal Internacional de Arquitetura

24 de setembro / 2019

Acontece em São Paulo.

Projeto Rampante de Renata Marquez e Wellington Cançado (Foto: Montagem/Nelson Kon/Divulgação)

Sob a perspectiva do cotidiano, a discussão sobre arquitetura e urbanismo no século 21 promete envolver todo o público da 12ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, realizada pelo IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil). O evento estará concentrado em dois edifícios de grande circulação na capital, com a exposição “Todo dia” tomando o Sesc 24 de maio de 10 a 29 de setembro e “Arquiteturas do cotidiano”, no Centro Cultural de São Paulo, de 13 de setembro a 8 de dezembro.

A proposta foi definida a partir de um concurso internacional no ano passado, do qual Charlotte Malterre-Barthes, Ciro Miguel e Vanessa Grossman saíram vencedores. O tema surgiu de uma longa pesquisa do trio neste campo de discussão relativamente novo, ainda que já pautado por grandes nomes como Lina Bo Bardi e Paulo Mendes da Rocha. “O poder discreto do cotidiano está em sua capacidade de traduzir o modo como habitamos, utilizamos recursos naturais e mantemos o espaço em práticas comuns, e que fazem do projeto algo relevante e uma preocupação compartilhada”, afirmam os curadores.

A 12ª BIA está estruturada em torno de três eixos temáticos: materiais do dia a dia, relatos do cotidiano e manutenções diárias.

Na discussão sobre sustentabilidade, o diretor do IAB, Pedro Vada, resume a proposta assim: “Hoje nós temos muitos arquitetos questionando o uso de materiais caros, sob o ponto de vista econômico, mas também ambiental. Vemos cada vez mais arquiteturas incríveis feitas a partir de materiais considerados ordinários”.

Já “relatos do cotidiano” levanta o envolvimento dos cidadãos com os edifícios e a cidade em si, envolvendo desde uma visão poética do sujeito a questões centrais como a violência, a exclusão social, as desigualdades e a relação com o outro.

O terceiro e último,  trata da manutenção da cidade no âmbito privado e público. “Nós tivemos duas grandes tragédias envolvendo a falta de manutenção recentemente, com o Museu Nacional e o Edifício Wilton Paes de Almeida, antes ocupado irregularmente. Mas existem outras tantas questões que passam batidas, como esses prédios com grandes fachadas de vidro, que geram um enorme risco para quem precisa limpá-las”, relembra Pedro.

Projeto da estação do Metrô Morumbi, assinada pela 23 Sul Arquitetura, e um dos projetos selecionados para a exposição do CCSP (Foto: Divulgação)

A exposição apresentará projetos, palestras e discussões. “Esperamos mostrar a importância que a Bienal pode ter neste âmbito crítico. Não à toa, escolhemos pontos de grande circulação. Para além do público arquitetônico, queremos que todos sejam incorporados nesta discussão”, afirma o diretor do IAB.

Renderização da instalação do Wolff Architects suspensa sobre a rua 24 de maio

Anote:
Instalação Todo dia
Quando: 10 a 29 de setembro de 2019. Terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h
Onde: Sesc 24 de Maio – Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo

Instalação Arquiteturas do cotidiano
Quando: 13 de setembro a 8 de dezembro. Quarta a Domingo, das 10h às 18h. Terça, das 10h às 20h
Onde: Centro Cultural São Paulo – Rua Vergueiro, 1.000, Paraíso, São Paulo

Para mais informações, acesse http://www.iabsp.org.br/bia/programacao-xii-bienal/

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