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Boom do mercado imobiliário
07 de janeiro / 2020
O mercado imobiliário de São Paulo nunca esteve tão em alta.
Caminhando pela cidade mais rica do Brasil, é impossível evitar canteiros de obras que deram vida a propriedades anteriormente vazias.
Uma única rua no Itaim Bibi, o distrito financeiro da cidade, tem cinco arranha-céus sendo construídos. Os jornais estão cheios de anúncios de novos edifícios.
O reaquecimento do mercado decorre de uma combinação de demanda reprimida após anos de crescimento lento e juros baixos.
Economistas apontam o boom da construção como um sinal de recuperação: o ritmo de expansão do setor no terceiro trimestre ficou duas vezes acima do crescimento do PIB. O salto ocorre após 20 trimestres seguidos de retração do setor.
Mais de 36 mil unidades residenciais começaram a ser construídas – a maioria apartamentos – em São Paulo nos primeiros 10 meses do ano. Com isso, 2019 pode registrar o maior número de novos projetos desde pelo menos 2004, segundo o Secovi.
A queda acelerada da Selic – a taxa básica caiu de 13,75% para 4,5% em apenas três anos – impulsionou a demanda por financiamento imobiliário.
Novos empréstimos para pessoas físicas totalizaram R$ 78,4 bilhões neste ano até outubro, um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, e a tendência está ganhando tração. Outubro foi o melhor mês desde dezembro de 2016, segundo dados do Banco Central.
A expansão já visível em São Paulo em breve será sentida em todo o Brasil, de acordo com Eduardo Fischer, copresidente da MRV Engenharia e Participações, a terceira maior construtora residencial do mundo.
A virada do mercado tem atraído investidores como Ed Kuczma, da BlackRock, que administra US$ 1,9 bilhão em fundos de ações latino-americanos e está overweight em construtoras brasileiras.
“A economia avança rumo a um importante ponto de inflexão, onde o setor privado é a principal fonte de crescimento”, disse Kuczma. “De todas as economias investíveis na América Latina, o Brasil parece ser o único que pode acelerar o crescimento do PIB mais rapidamente em 2020.”
Imóveis voltam a ser um investimento muito atrativo indicando que o setor segue um crescimento sustentável e seguro.
Fonte: Bloomberg
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