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Museu Oscar Niemeyer revela delicadezas da Ásia
06 de abril / 2018
A mostra Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses é um recorte da coleção de Fausto Godoy que foi doada ao museu.
Foi um rio que passou na vida de Fausto Godoy. Esse rio era asiático. O percurso começou pela Índia. Era 1984 quando o diplomata se apaixonou pelo país e entendeu a importância de mergulhar na cultura oriental. “Perdi a noção de absoluto…e isso é maravilhoso”, conta o diplomata. De lá foram só alguns passos para China, Japão, Laos, Butão, Irã, Afeganistão e Vietnã. O resultado? Muita lição de vida e 3 mil peças que estão sob guarda do Museu Oscar Niemeyer.
O primeiro recorte da coleção, feito em parceria com o curador Teixeira Coelho, deu origem à mostra Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses com peças de com forte conteúdo simbólico e estético usadas no cotidiano. A dica? Fique de olho no gesto (visível ou invisível) e nos detalhes – delicadezas que se perderam no mundo ocidental e ainda são valorizadas do lado de lá.
A mostra abre com uma belíssima imagem de Ganesha “para abrir caminhos e receber bem os visitantes”, anuncia Godoy. Em seguida, uma sala repleta de Yakshis – entidades femininas (semelhantes às ninfas gregas) que fazem parte dos panteões hindu e budista.
Em seguida o público poderá se deliciar com uma série de tecidos, mobiliário, cerâmicas, gravuras e objetos de metal. Vale dedicar um tempo para analisar a sala dedicada à Myamar belos potes de laca, marionetes e harpas em formas de amimais.
Destaque, ainda, para a expografia com paredes verdes remetendo ao percurso de um rio amarrando a narrativa da mostra que une a terra, os homens e os deuses. O rio, no Continente Asiático, abriga tanto atividades comerciais como religiosas e culturais – símbolo perfeito para evocar o fluxo de memórias de um colecionador apaixonado pelo outro. Vale ver e ouvir.
Fonte: casavogue.globo.com.br
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