Comportamento: A mudança de percepção dos projetos alto padrão

Os números de 2018 apontam aumento do peso dos imóveis de alto e médio padrão nos lançamentos em São Paulo. No ano, apartamentos com valor superior a R$ 1,5 milhão registraram o maior crescimento em percentual. Com 2.134 unidades lançadas, a variação foi de 142% em relação às 882 unidades de 2017. Os sinais emitidos pelo mercado indicam que neste ano o segmento poderá ganhar participação maior diante dos números apresentados no primeiro trimestre.

No entanto, para as incorporadoras, a definição de alto padrão sofreu uma mudança, e tamanho já não é mais documento. Se antes, alto padrão era sinônimo de apartamento de 4 dormitórios e grandes áreas, a proposta atual em muitos projetos, são as metragens mais enxutas em troca de muitos atrativos.

Segundo os especialistas, através de plantas mais inteligentes que contemplem espaços abertos e integrados, as pessoas hoje moram em 160m² com o mesmo conforto de um apartamento de 200m² de antes.

ambientes integrados por Juliana Pippi Projetos

Já é muito comum apartamentos de alto padrão com menos de 50m² dirigidos a pessoas que tem um estilo de vida urbano, usam as facilidades que a cidade oferece em termos de mobilidade, gastronomia e lazer e preferem prédios com serviços.

Apesar do tamanho P, muitos desses empreendimentos continuam com o preço GG, em função da exclusividade e o conceito de grife que os valorizam. Projetos assinados por escritórios de arquitetura prestigiados como o estúdio inglês do designer Philippe Starck ou do estúdio italiano Pininfarina, ambos já contratados por incorporadores em São Paulo, trazem uma distinção que pode ser aplicada naturalmente ao preço final.

Independente do nome famoso, a lição que fica é a nova percepção do modelo alto padrão. Não mais uma mera questão de metragem, mas de um projeto orientado para o morar bem. E isto passa necessariamente por endereços privilegiados, arquitetura sensacional, muito conforto, facilidades, serviços ao alcance e, claro, alguns mimos exclusivos.

fontes: economia.estadao.com.br – mkt MZM